terça-feira, 24 de dezembro de 2013

OS BÓRGIAS

Os Bórgia ou Borja foram uma família nobre espanhola-italiana que se tornou proeminente durante o Renascimento.
Se tornaram proeminentes nos assuntos eclesiásticos e políticos nos séculos XV e XVI, produzindo três papas, Alfons de Borja, que governou como Papa Calisto III, durante os anos 1455-1458, Rodrigo Lanzol Borgia, como Papa Alexandre VI, durante os anos 1492-1503, e Giovanni Battista Pamphilj (descendente de Rodrigo Borgia), que governou como Papa Inocêncio X, durante os anos 1644-1655. Especialmente durante o reinado de Alexandre VI, foram acusados de vários crimes, em geral, sobre evidências consideráveis, incluindo adultério, simonia, roubo, estupro, corrupção, incesto e assassinato (especialmente homicídio por envenenamento por arsênico ).
Atualmente, são lembrados por seu governo corrupto e o nome se tornou sinônimo de traição e envenenadores; passando para a história como uma família cruel e desejosa de poder.
A chegada de Rodrigo Bórgia ao papado levou a família a participar de uma série de intrigas e disputas entre os vários pequenos estados em que a Itália estava dividida na época. Os Sforza, Orsini, Farnese, já foram aliados ou inimigos dos Bórgias. Especula-se que a ideia de Rodrigo poderia ter sido criar um império na terra, estendendo-se dos Estados Pontifícios a grande parte da Itália e passando para os seus direitos de dinastia, tanto sobre os territórios quanto sobre a liderança da Igreja Católica, embora esta hipótese realmente não esteja fundamentada. Os Bórgias passaram para a história graças à sua inteligência para sair de situações que pareciam perdidas. Com a morte de Alexandre VI em 1503 (provavelmente envenenado por quem mais tarde se tornou seu sucessor no trono de Roma), seu filho César (que inspirou o florentino Nicolau Maquiavel a escrever "O Príncipe"), teve de fugir de Roma e faleceu em Viana, Navarra, lutando ao lado de seu cunhado João III de Navarra, rei de Navarra. Por seu lado, Lucrezia Borgia em Ferrara, continuou o trabalho de seu pai como mecena.






Para saber mais:

Bórgias (Os Bórgias) é uma série televisiva de ficção histórica, que estreou em 2011, de produção canadense-húngara-irlandesa, criada por Neil Jordan.
A série é estrelada por Jeremy Irons como Rodrigo Bórgia (Papa Alexandre VI) e pelos atores David Oakes, François Arnaud, Holliday Grainger e Aidan Alexander que interpretam respectivamente os filhos Juan (Giovanni), Cesare, Lucrezia e Gioffre Bórgia. Derek Jacobi aparece como o Cardeal Orsini.
Estreou em 3 de abril de 2011, no canal pago Showtime nos Estados Unidos e no canal Bravo! no Canadá. A série atualmente é transmitida no Brasil pelo canal TNT, e já foi transmitida anteriormente pelo canal TCM. Estreia no Netflix brasileiro em setembro de 2013.




DICA DE LEITURA:
Os Bórgias
Autor: Puzo, Mario; Puzo, Mario
Editora: Record
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance

Sinopse

Mario Puzo consagrou-se entre seus leitores e críticos de todo o mundo com seus romances sobre a Máfia. Apaixonado pelo tema, pesquisou as origens dessa organização criminosa e, nessa busca, viajou até a Itália do século XV. Lá descobriu a família Bórgia, liderada pelo cardeal Rodrigo Bórgia, um homem ambicioso e sem escrúpulos, que usou todos os meios para alcançar seus objetivos. Ao ser eleito papa, com o nome de Carlos VI, Rodrigo consolida seu poder em uma grande rede de alianças criminosas ], que deu origem à grande família mafiosa imortalizada, séculos depois, pelo próprio Puzo.
Os Bórgias é um romance histórico empolgante. Um retrato das origens do crime organizado que merece figurar entre os melhores livros da carreira de Mario Puzo.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

OPERAÇÃO CONDOR

A Operação Condor foi uma aliança político militar criada na América Latina, durante os anos da Guerra Fria. Lembrando que tudo o que fosse supostamente "comunista", era duramente perseguido. Todos os golpes militares que ocorreram na América Latina foi totalmente apoiado e financiado pelos Estados Unidos que tinha pavor da influência soviética em seu quintal. Baseando-se nisso, essa aliança foi criada entre o Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai e Paraguai, em conjunto com a CIA americana, com o objetivo de impedir o avanço comunista apoiando os líderes ditadores e organizando a repressão contra seus opositores. 
Montada por iniciativa do governo chileno , a Operação Condor durou até a onda de redemocratização, na década seguinte. A operação, liderada por militares da América Latina, foi batizada com o nome do condor, abutre típico dos Andes que se alimenta de carniça, como os urubus. Estima-se que a Operação Condor resultou em mais de 400 mil torturados e 100 mil assassinatos.
Há suspeitas de que a Operação Condor foi responsável pela morte de João Goulart, Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda, pois representavam uma "ameaça comunista".





segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PERSONALIDADES HISTÓRICAS - CAIO JÚLIO CÉSAR

Há quem pense que ele foi imperador, mas Caio Júlio César, foi um patrício, líder militar e político romano. Foi tão importante, que seu nome virou título de imperador de latinos (César), de russos (Czar) e de alemães (Kaiser). Nunca chegou a ser imperador, mas foi um grande general que conquistou diversos territórios para Roma. Chegou acumular alguns títulos como o de Pontífice Máximo e sendo elevado também ao título de Ditador Perpétuo de Roma, foi também cônsul, tribuno, supremo comandante do exército. Sob seu governo, promoveu-se uma reorganização político-administrativa em Roma, distribuíram-se terras entre soldados, impulsionou-se a colonização das províncias romanas, construíram-se estradas e edifícios e reformulou-se o calendário, a propósito, o mês de julho é em sua homenagem. 
Participou do Primeiro Triunvirato juntamente com Pompeu e Crasso. Durante o seu consulado em 59 a.C., César legislou terras para os soldados de Pompeu, apesar de forte contestação da facção conservadora do senado, e leis que favoreciam os negócios de Crasso. Em troca, obteve o apoio de Pompeu para conseguir a governação da Gália e iniciar a conquista de toda a região (Guerras Gálicas). Em 55 a.C., Pompeu e Crasso foram eleitos cônsules em parceria e prolongam o poder de César na Gália por mais cinco anos. Crasso assegurou ainda os fundos e legiões para a tão desejada campanha persa.
No ano seguinte, a morte de Júlia (filha de César e esposa de Pompeu) enfraqueceu a relação entre Pompeu e César e, em 53 a.C. Crasso foi morto pelos partas na Batalha de Carras. Sem mais nada a uni-los, Pompeu e César desfazem a aliança e transformam-se em inimigos.
Júlio César também ficou famoso por seu romance com a Rainha Cleópatra, a quem fez rainha do Egito - então uma das mais ricas províncias romanas. Mas em Roma os senadores não só desaprovavam essa união como usavam-na como pretexto para difamá-lo. Seus poderes foram tantos, que a aristocracia republicana temia a completa extinção das instituições da república. Acusado de pretender proclamar-se rei, foi assassinado, em 44 a.C., por um grupo de senadores liderados por seu sobrinho Brutus. Há quem diga que na hora de sua morte, teria dito: "até tu, Brutus?". Frase célebre que virou sinônimo de traição. 









Referências: COTRIM, Gilberto. História Global, Brasil e Geral. Ed. Saraiva. Volume único. p. 87.