segunda-feira, 19 de maio de 2014

ANTIGA CIVILIZAÇÃO CHINESA

A China é tão antiga quanto Egito e Mesopotâmia, surgiu simultaneamente com essas civilizações. Semelhante às civilizações do Crescente Fértil, os primeiros habitantes da região, habitaram às margens dos rios Hoang-ho (rio amarelo) e Iang-tsé (rio Azul) e, formaram sociedades bastante complexas. Em aproximadamente 3000 a.C, a agricultura e a domesticação de animais já eram atividades comuns nessas regiões. As sociedades que surgiram eram fortemente hierarquizadas, compostas por milhares de camponeses, além de nobres, religiosos e militares.
A China é um dos maiores países em extensão territorial do mundo, e o de maior população do, com cerca de 1,36 bilhão de habitantes, quase um quinto da população da terra. Hoje é conhecida como Republica Popular da China, com um regime político comunista, unipartidarista, mas com algumas características capitalistas. Mas nem sempre foi assim, a China um dia também foi um dos grandes impérios da antiguidade, embora pouco se tenha falado sobre esse importante período de sua história.
Sua paisagem é variada, com florestas de estepes e desertos (como os de Gobi e de Taklamakan) no norte seco e frio, próximo da Mongólia e da Sibéria (Rússia), e florestas subtropicais no sul úmido e quente, próximo ao Vietnã, Laos e Mianmar. O terreno do país, a oeste, é de alta altitude, com o Himalaia e as montanhas Tian Shan formando fronteiras naturais entre a China, a Índia e a Ásia Central. Em contraste, o litoral leste da China continental é de baixa altitude e tem uma longa faixa costeira de 14 500 quilômetros, delimitada a sudeste pelo Mar da China Meridional e a leste pelo Mar da China Oriental, além de onde estão Taiwan, Coreia (Norte e Sul) e Japão.
Imagina governar um país tão extenso e tão diferente geograficamente falando? Pois é, os imperadores chineses que o digam. Então, vamos conhecer um pouco dessa longa história.
Antes da unificação ocorrer, por volta do século IV a.C. a China era dividida em vários reinos que disputavam o poder entre si, eram os Reinos Guerreiros ou Reinos Combatentes, sendo os principais: Chin, Chao, Chu, Chi, Kan, Wei e Yen.
No ano 221 a.C., Qin Shi Huang (ou Hoang-Ti) pôs fim às lutas dos Reinos Combatentes e fundou a dinastia Qin (Chin). A centralização do poder permitiu o crescimento e a  prosperidade do império.
















Enquanto esteve no poder, Qin Shi promoveu diversas realizações para unificar o país:

  • padronizou a escrita;
  • construiu canais e redes de irrigação;
  • estabeleceu uma moeda;
  • iniciou a construção da Grande Muralha da China que visava defender o país contra as ameaças de invasões vindas do norte ( é uma impressionante estrutura de arquitetura milenar. Consistia de diversas muralhas, e foi construída ao longo pouco mais de 2000 anos, começando no ano de 220 a.C e sendo terminada no secúlo XV, durante a Dinastia Ming).
O imperador Qin ou Ch´in também construiu para si um mausoléo que ficou famoso pelas 8 mil figuras de soldados e cavalos de terracota enterrado juntos.

A Dinastia Han

Diversas revoltas puseram fim à dinastia Qin. A mais importante delas permitiu que Liu Ban (256-195 a.C), membro do governo Qin, fundasse a Dinastia Han em 206 a.C.
A Dinastia Han estabilizou as fronteiras do império ao norte, combatendo os Hunos, e conquistou territórios ao sul. Para manter o poder centralizado, os Han procuraram apoio da nobreza, e reintroduziram o sistema de principados e de poderes locais.
Esse sistema estabeleceu um novo arco de alianças, restabeleceu a paz e ofereceu condições para a ampliação dos limites territoriais. O poderio dessa dinastia durou séculos e gerou grande prosperidade e crescimento para o império.
No século III novos conflitos levaram a derrubada da Dinastia Han, levando a ascensão da Dinastia Tang (Séculos VII a X), seguida pela dinastia Sung (séculos X a XIII). Durante essa dinastia, a China tornou-se um poderio militar e marítimo na Ásia, mantendo comércio do sudoeste asiático ao Golfo Pérsico. 
No final do século XIII o império chinês foi invadido pelos mongóis liderados pelo famoso Gengis Khan, que deu início a uma nova dinastia: Yuan.
Na segunda metade do século XIV, os mongóis foram derrotados pelos camponeses, e a dinastia Ming assumiu o controle da China, iniciando um período de grande prosperidade política, econômica e cultural.

ROTA DA SEDA
Era uma série de rotas interligadas através da Ásia do Sul, usadas no comércio da seda entre o Oriente e a Europa. Eram transpostas por caravanas e embarcações oceânicas que ligavam comercialmente o Extremo Oriente e a Europa, provavelmente estabelecidas a partir do oitavo milênio a.C. – os antigos povos do Saara possuíam animais domésticos provenientes da Ásia – e foram fundamentais para as trocas entre estes continentes até à descoberta do caminho marítimo para a Índia. Conectava Chang'an (atual Xi'an) na República Popular da China até Antioquia na Ásia Menor, assim como a outros locais. Sua influência expandiu-se até a Coreia e o Japão. Formava a maior rede comercial do Mundo Antigo.
Estas rotas não só foram significativas para o desenvolvimento e florescimento de grandes civilizações, como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a China, a Pérsia, a Índia e até Roma, mas também ajudaram a fundamentar o início do mundo moderno.
Os Chineses aprenderam a fabricar a seda a partir da fibra branca dos casulos dos bichos da seda. Só os Chineses sabiam como fabricá-las e mantinha esse segredo muito bem guardado. Quando eles, os chineses, começaram a fazer contato com cidades ocidentais, encontraram pessoas muito dispostas a pagar muito caro por esse produto.
Um lado muito positivo desse processo de produção da seda, e principalmente de todas essas rotas dedicadas ao transporte dela, foi que os dois lados (tanto a China produtora, quanto a o ocidente como mercado consumidor) aprenderam muito sobre essas diversas culturas e isso fez com que expandisse suas ideias sobre o mundo.


TUMBA DO IMPERADOR QIN
Exército de terracota, Guerreiros de Xian ou ainda Exército do imperador Qin, é uma coleção de mais de oito mil figuras de guerreiros e cavalos em terracota, em tamanho natural, encontradas próximas do mausoléu do primeiro imperador da China. Foram descobertas em 1974, próximas de Xian.
As imagens em terracota foram enterradas junto ao mausoléu do primeiro imperador, Qin Shihuang em c. 259-210 a.C. e foram descobertas em março de 1974 por agricultores locais que escavavam um poço de água a leste do monte Lishan, uma elevação de terra feita por mãos humanas e que contém a necrópole do primeiro imperador da dinastia Qin. A construção desse mausoléu começou em 246 a.C. e acredita-se que 700.000 trabalhadores e artesãos levaram 38 anos para a completar. De acordo com o historiador Sima Qian, na obra Registros do Historiador (c. 100 a.C.), o imperador foi enterrado em 210 a.C. juntamente com grandes tesouros e objetos artísticos, bem como com uma réplica do mundo onde pedras preciosas representavam os astros, pérolas os planetas e lagos de mercúrio representavam os mares.
A tumba fica perto de uma pirâmide de terra com 47 metros de altura e 2,18 quilômetros quadrados de área. O complexo do mausoléu foi construído para servir como um palácio ou corte imperial. É dividido em vários ambientes, salas e outras estruturas e cercado por uma muralha com diversos portões. Seria protegido por um exército de soldados em terracota guardados nas proximidades, mas os restos de muitos artesãos e suas ferramentas foram encontrados, o que faz acreditar que tenham sido enterrados com o imperador para impedir que revelassem as riquezas ou as entradas aos salteadores.As escavações arqueológicas dos soldados de terracota estão em curso ainda, trinta anos após sua descoberta. Isto se deve à fragilidade natural do material e sua difícil preservação. Terracota é literalmente terra assada, em fornos com temperatura relativamente baixa. Após queimar cada figura, ela era coberta com uma camada de laca, para aumentar a durabilidade. Eram também coloridas para aumentar o realismo da aparência das figuras e de suas roupas e equipamentos. Algumas peças ainda retém traços da pintura, mas a exposição ao ar rapidamente causa o descascamento ou descoloração.
8.099 foram escavadas até o momento, incluindo soldados, arqueiros e oficiais, e foram todas feitas em poses naturais. Cada figura porta armas reais como lanças, arcos ou espadas de bronze. Acredita-se que estas armas foram feitas antes de 228 a.C. e podem ter sido usadas na guerra. Carruagens feitas com grande precisão e detalhes também foram incluídas como parte do exército do imperador Qin.
As figuras de terracota foram encontradas em três diferentes trincheiras, e uma quarta foi encontrada vazia. Acredita-se que a trincheira maior, contendo mais de 6000 figuras de soldados, carruagens e cavalos, representavam a armada principal do primeiro imperador. A segunda trincheira continha cerca de 1400 figuras da cavalaria e infantaria, também com carros e cavalos, representava a guarda militar. A terceira continha a unidade de comando, com oficiais de alto nível, oficiais intermediários e um carro de guerra puxado por quatro cavalos. É a menor, com 68 figuras.
As figuras de terracota eram fabricadas em oficinas por artesãos do governo. Acredita-se que utilizavam a mesma técnica dos tubos de drenagem de água daquela época. Foram feitos em partes que eram unidas depois da queima e não em uma peça só. Eram então colocadas em seu lugar, em formação militar, de acordo com sua patente e posto.
As figuras eram em tamanho e estilo natural. Variavam em peso, indumentária e penteado, de acordo com a patente. A pintura da face, expressão facial individualizada e as armas e armaduras reais utilizadas criavam uma aparência realista e mostravam a qualidade do trabalho e a precisão envolvida na sua construção. Demonstram também o poder de um monarca que podia ordenar a construção de tão monumental empreita.

INTERCÂMBIO CULTURAL

Os chineses foram hábeis inventores. Muitas de suas invenções chegaram até o europeus e permitiu um vasto intercâmbio cultural. Entre as sua invenções podemos citar: 
  • a bússola
  • o sismógrafo
  • o papel
  • tipos móveis
  • pólvora
  • papel moeda
  • a pipa






















Dicas:
Documentário: Grandes Civilizações - China Antiga - TV Escola





Saiba mais: 
http://discoverybrasil.uol.com.br/china_antiga/dinastias_chinesas/dinastia_han/index.shtml

Referências:

COTRIM, Gilberto. RODRIGUES, Jaime. Saber e Fazer História. Editora Saraiva. São Paulo. 2012. p.120-123.
MORAES, José Geraldo Vinci de. História Geral e Brasil. Editora Saraiva. São Paulo. 2010. p. 44-46.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_China
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ex%C3%A9rcito_de_terracota

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