domingo, 27 de outubro de 2013

PERSONALIDADES HISTÓRICAS: CARDEAL RICHELIEU

CARDEAL RICHELIEU, provavelmente você já ouviu falar dele, nem que tenha sido no livro "Os três mosqueteiros" de Alexadre Dumas, ou nos filmes homônimos. Foi o grande arquivilão, inimigo dos mosqueteiros, imortalizado na obra. 
Grande estadista francês, seu nome era Armand-Jean du Plessis, nascido em Paris, em 1585 e falecido em 1642. Era descendente de uma antiga família nobre de Poitou, seu pai, foi François du Plessis, senhor de Richelieu e grande-reitor da França.
Foi ordenado em 1605 e sagrado bispo dois anos mais tarde. Em 1614 é eleito um dos representantes da cidade de Poitou e convenceu a assembléia a suportar o autoritarismo da rainha-regente Maria de Medicis. Com isso, ganhou a simpatia da rainha, que o nomeia secretário de Estado em 1616.Quando a regente é deposta e substituída por Luís XIII, em 1617, Richelieu exila-se em Avignon e, aos poucos, consegue conquistar a confiança do rei. É nomeado cardeal em 1622 e, dois anos depois, torna-se primeiro-ministro. Começa aí sua ascensão ao poder. 
Como o rei Luís XVIII não foi lá muito atuante, Richelieu torna-se o poderoso da França.
A política de Richelieu visava dois objetivos: internamente, quebrar o poder da aristocracia feudal e estabelecer a monarquia absoluta; e, em termos de política externa, combater os Habsburgos da Espanha no Sacro Império Romano Germânico, de maneira a tornar a França hegemônica na Europa.
Richelieu foi o maior estadista do Antigo Regime. E estabeleceu os alicerces do absolutismo real na França, lançou as bases do futuro governo de Luís 14, inclusive em termos econômicos, sendo um precursor do mercantilismo.
Na obra de Dumas, ele foi tudo, menos religioso, e não mede forças para destruir o rei e seu casamento com Ana D´Áustria, armando seu romance com o famoso Duque de Buckingham, odeia os mosqueteiros e, tem como aliados a espiã Milady de Winder e seu capitão da guarda Rocheford, personagens que se tornaram imortais na literatura mundial.




Referências: http://educacao.uol.com.br/biografias/richelieu.jhtm

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

DICAS DE FILMES: ROBIN HOOD (2010)

ROBIN HOOD (2010)

 Direção: Ridley Scott
Música composta por: Marc Streitenfeld
Roteiro: Brian Helgeland
Autores: Brian Helgeland, Cyrus Voris, Ethan Reiff
Elenco: Russell Crowe, Cate Blanchett, Max von Sydow 








Robin Longstride (Russell Crowe) integra o exército do rei Ricardo Coração de Leão (Danny Huston), que está em plenas cruzadas. Após a morte do rei, ele consegue escapar juntamente com alguns companheiros. Em sua tentativa de fuga eles encontram Sir Robert Loxley (Douglas Hodge), que tinha por missão levar a coroa do rei a Londres. Loxley foi atacado por Godfrey (Mark Strong), um inglês que serve secretamente aos interesses do rei Filipe, da França. À beira da morte, Loxley pede a Robin que entregue a seu pai uma espada tradicional da família. Ele aceita a missão e, vestido como se fosse um cavaleiro real, parte para Londres. Após entregar a coroa ao príncipe João (Oscar Isaac), que é nomeado rei, Robin parte para Nottingham. Lá conhece Sir Walter (Max von Sydow) e Marion (Cate Blanchett), respectivamente pai e esposa de Loxley.




A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS - INGLATERRA

Durante a Idade Média a Europa encontrava-se dividade em diversos reinos, com o poder descentralizado, nas mãos de senhores feudais. As cidades eram distantes uma das outras o que dificultava a centralização do poder. Por um bom período houve um rei, mas que não passava de uma figura ilustrativa. 
Oficialmente, o feudalismo teve início em 476, com o fim do Império Romano do Ocidente, e findou-se em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turcos. Mas embora esses sejam os marcos, o feudalismo desestruturou-se aos poucos, devido a vários fatores, que ajudaram na formação das monarquias nacionais. Entre os fatores que enfraqueceram o feudalismo, podemos destacar: desaparecimento da servidão, revoltas camponesas, desenvolvimento do comércio e o enfraquecimento do poder feudal, surgimento de uma nova classe, a burguesia.
Por volta dos séculos XI e XV os monarcas empreenderam lutas com o apoio dessa nova classe social, burguesia, para vencer os nobres, que possuíam as terras. Contar com o apoio da burguesia, era fundamental, já que precisavam de financiamento para a formação de exércitos reais. submeter a nobreza e fortalecer o poder real, que se tornava cada vez mais centralizado. 

 Formação da Inglaterra
Em 1066, Guilherme, o Conquistador, duque da Normandia conseguiu conquistar a ilha da Grã-Bretanha, vencendo os anglos-saxões na Batalha de Hastings. Guilherme conseguiu colocar os senhores feudais, comerciantes e componeses debaixo de seu comando. Começa aí, a formação da Inglaterra como Estado Nacional.
Porém a disputa pelo poder Inglês continuou. Ricardo, Coração de Leão, enfrentou grandes disputas durante o seu governo, principalmente, por conta da Terceira Cruzada, em que o rei foi o grande empreendedor, chegando a falecer durante essa guerra. O mesmo deixou a Inglaterra para lutar na Guerra Santa. Após sua morte, que assumiu o poder foi seu irmão João Sem Terra, que pressionado pelos nobres, foi obrigado a assinar a Magna Carta, um documento em que comprometia-se a respeitar os direitos dos nobres, da Igreja e evitar a abusos da administração e da justiça, não estabelecendo a criação de impostos sem o prévio consentimento do Grande Conselho. Ou seja a autoridade do rei, estaria sujeita a lei, evitando assim o poder absoluto.
A Guerra dos Cem anos também foi responsável pela centralização política desse país.

A Guerra dos Cem Anos
Foi a mais longa guerra medieval (1337 a 1453), disputa entre a França e a Inglaterra pelo poder. Teve como principais causas, a sucessão dinástica e a disputa pela região de Flandres, que possuía uma significativa produção de lã. O trono da França estava sem herdeiros diretos, então o rei inglês Eduardo III, neto do rei francês Felipe, o Belo, reclamou o trono para si, e o direito de unificar as duas coroas. Os franceses não aceitaram, o que acabou levando à guerra.









Referências: COTRIM, Gilberto. História Global, Brasil e Geral. Ed. Saraiva. p. 142 e 165.




sexta-feira, 18 de outubro de 2013

DICA DE LEITURA: SÉRIE "OS REIS MALDITOS"

SÉRIE "OS REIS MALDITOS"

Autor: Druon, Maurice; Druon, Maurice

Editora: Bertrand Brasil
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance

A coleção Os Reis Malditos, escrita por Maurice Druon entre 1955 e 1977, conta a história da monarquia francesa, desde Felipe, o Belo até o começo da Guerra dos Cem anos. É a mais importante saga histórica de todos os tempos: foi traduzida para mais de 30 línguas. Nos anos 70, foi adaptada em uma minissérie para a TV francesa que se transformou em um sucesso mundial de audiência.

A série é composta por sete volumes: O Rei de Ferro, A Rainha Estrangulada, Os Venenos da Coroa, A Lei dos Varões, A Loba de França, A Flor-de-lis e o Leão e Quando um Rei Perde a França.



PERSONALIDADES HISTÓRICAS: A RAINHA VITÓRIA




A Rainha Vitória governou a Inglaterra por 64 anos (1837-1901), período que ficou como a "Era vitoriana". Pertencia a casa de Hanôver, herdou o trono após a morte de seu tio Guilherme IV. Também foi chamada de Imperatriz da Índia, já que nesse período a mesma estava sob o poder do Reino Unido. Seu governo foi marcado pelo apogeu da política industrial e colonialista inglesa, e pela prosperidade industrial da burguesia. Os últimos trinta anos da “Era Vitoriana” foram marcados pelo Imperialismo e Neocolonialismo britânico, as potências industriais europeias (Inglaterra, França, 
Alemanha) submeteram, dominaram e exploraram os continentes asiático e africano. Durante o seu reinado aconteceram alguns conflitos, como a Guerra da Crimeia (1853-1856) e a guerra dos Boers na África do Sul (1899-1901). 
 Casou-se com o seu primo direito, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, em 1840. Os seus nove filhos e vinte e seis dos seus quarenta e dois netos casaram-se com outros membros da realeza e famílias nobres por todo o continente europeu, unindo-as entre si, o que fez com que ganhasse o apelido de "a avó da Europa". Após a morte de Alberto em 1861, Vitória entrou num período de luto profundo durante o qual evitou aparecer em público. Como resultado do seu isolamento, o republicanismo ganhou força durante algum tempo, mas na segunda metade do seu reinado, a popularidade da rainha voltou a aumentar. 
Faleceu em 1901, deixando O Reino Unido como uma grande potência.











segunda-feira, 14 de outubro de 2013

RENASCIMENTO

 Entre os século XI e XV a Europa passou por diversas mudanças no campo social, cultural, religioso. Essas numerosas transformações ficaram conhecidas na História como Renascimento. 
A lenta desestruturação do feudalismo e o reaquecimento do comércio, descoberta da América, mudará o modo de ver e sentir a sociedade. E esses mudanças no pensamento medieval repercutirá principalmente nas artes e na filosofia. Foi um momento de brusca ruptura com a Idade Média. Para os renascentistas o universo medieval era um tempo obscuro, dominado pela irracionalidade e pela ignorância, chamado por eles de Idade das Trevas. Claro que hoje, os historiadores não exergam mais esse período como "Idade das Trevas", mas um período sim de mudanças e não estagnação. Mas para os renascentistas que começaram a ter novas ideias, era um período de trevas, por isso, renascimento, pois a ideia era "renascer" os valores e ideais greco-romanos.
Enquanto que a Idade Média foi um período marcado pela religião, os intelectuais do renascimento buscaram explicações mais racionais. Dentre as principais caracteristícas do Renascimento podemos citar:
Antropocentrismo: O Homem como centro do Universo, valorizando a obra humana. O homem é visto como criatura e criador do mundo em que vive.
Racionalismo: a razão é o caminho para se chegar ao conhecimento.
Humanismo: exaltação do homem e de sua natureza.
Naturalismo: compreensão do mundo a partir da observação fiel da realidade.

Renascimento Urbano e Comercial
Em razão do desenvolvimento agrícola, que garantia o abastecimento e estimulava as atividades comerciais, as cidades começaram a se desenvolver. O crescimento do comercio transformou as vilas e cidades. O desenvolvimento dos burgos com suas atividades comerciais e manufatureiras dá origem a uma nova classe social: burguesia. 




Renascimento Artístico
No desenvolvimento das artes, os renascentistas buscaram suas inspirações nas artes greco-romana, buscavam o equilíbrio e a elegância das formas. A produção artística desvinculou-se da Igreja. Então além do enfoque religioso, exploraram também outros aspectos da realidade social, desenvolvendo temas relacionados a mitologia greco-romana, paisagens naturais, entre outros. 

Entre os principais artistas e filsófos podemos citar:
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Rafael Sanzio ( 1483-1520)
Michelângelo ( 1475-1564)
Thomas Morus (1478-1535)
William Shakespeare ( 1564-1616)
Luis Vaz de Camões (1524-1580)
Miguel de Cervantes (1547-1616)
Renascimento Científico
A ciência também teve seu renascimento. Os cientistas valorizando a razão e a experimentação, examinavam questões da natureza e da sociedade. Observam os fenômenos da natureza, faziam experimentos, propunham novas hipóteses.
Muitos desses estudiosos foram perseguidos pela Igreja, pois algumas tradições culturais medievais permaneceram por um logo tempo. 
Dentre os cientistas desse período poder citar:
Nicolau Copérnico (1473-1543): desenvolveu a teoria do Heliocentrismo - segundo a qual a Terra e os demais planetas giravam em torno do sol. 
Galileu Galilei (1564-1642): defendeu a teoria do Heliocentrismo. Foi perseguido pela Igreja e teve de se retratar, negando publicamente suas ideias.

Referências bibliográficas: COTRIM, Gilberto. História Global, Brasil e Geral. Ed. Saraiva. p. 148-154.
MORAES, José Geeraldo Vinci de. História Geral e Brasil. Ed. Saraiva. p. 166-171.

sábado, 12 de outubro de 2013

DICAS DE LIVROS

O Último dos Moicanos

Autor: James Fenimore Cooper, COOPER, JAMES FENIMORE
Uma narrativa que combina heroísmo e romance com uma crítica poderosa da destruição da Natureza e da tradição. No cenário do cerco francês e índio do Fort William Henry em 1757, relata a história de duas irmãs, Cora e Alice Munro, filhas de um comandante inglês, que lutam para poder voltar para junto do seu pai. Nesta perigosa jornada, são ajudadas por Hawk-eye e os seus companheiros Chingachgook e Uncas , os dois únicos sobreviventes da tribo. Mas as suas vidas são postas em risco por Mangua, o selvagem traidor índio, que captura as irmãs, querendo que Cora se torne sua mulher.

DICAS DE FILMES

Para você que ama história e também cinema, segue mais algumas dicas:

1492 - A CONQUISTA DO PARAÍSO
(1492: CONQUEST OF PARADISE, 1992)

FICHA TÉCNICA 
Gênero: Aventura
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Rose Bosch
Elenco: Achero Manas, Albert Vidal, Angela Molina, Ángela Rosal, Armand Assante, Arnold Vosloo, Bercelio Moya, Billy L. Sullivan, Fernando García Rimada, Fernando Guillén Cuervo, Fernando Rey, Frank Langella, Gérard Depardieu, Isabel Prinz, Jack Taylor, John Heffernan, José Luis Ferrer, Juan Diego Botto, Kario Salem, Kevin Dunn, Loren Dean, Mark Margolis, Michael Wincott, Sigourney Weaver, Steven Waddington, Tcheky Karyo
Produção: Alain Goldman, Ridley Scott

Lançado no aniversário de 500 anos da descoberta da América, o filme mostra Cristovão Colombo (Gerard Depardieu) e os europeus chegando ao Novo Mundo. A história acompanha desde os preparativos, com o navegador visionário recorrendo à coroa espanhola, até o terrível impacto da descoberta e do início da colonização sobre a população nativa. As dificuldades e temores da navegação, a perseverança de Colombo e o desafio da terra desconhecida fazem parte da aventura, que não descarta a brutalidade que envolveu os fatos.






Fontes: http://www.cineclick.com.br/1492-a-conquista-do-paraiso










O Último dos Moicanos
(The Last Mohicans) - 1992


DIREÇÃO: Michael Mann

ELENCO: Daniel Day-Lewis, Madeleine Stowe, Russel Means, Eric Schweig. 122 min.

Em 1757 franceses e ingleses na Guerra dos 7 anos (1756-1763) lutam pela posse de terras na América do Norte, usando como soldados índios de diferentes tribos. Hawkeye, filho adotivo de Chingachgook e pertencente à tribo dos Moicanos, consegue salvar as duas filhas de um oficial britânico do ataque dos índios Huronos e as acompanha até o forte William Henry, tomado pelos franceses. Cora, uma das jovens, se apaixona por Hawkeye, que, junto a sua tribo, representa a última esperança também para os ingleses.









Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=105




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A ERA DE OURO DO CAPITALISMO

"[...] Durante os anos 50, sobretudo nos países "desenvolvidos" cada vez mais prósperos, muita gente sabia que os tempos tinham de fato melhorado, especialmente se suas lembranças alcançavam os anos anteriores à Segunda Guerra Mundial. [...] Contudo, só depois que passou o grande boom, nos conturbados anos 70, à espera dos traumáticos 80, os observadores - sobretudo, para início de conversa, os economistas - começaram a perceber que o mundo, em particular o mundo do capitalismo desenvolvido, passara por uma fase excepcional de sua história; talvez única. [...] O dourado fulgiu com mais brilho contra o pano de fundo baço e escuro das posteriores Décadas de Crise." 
(Hobsbawm, Eric. A Era dos Extremos, o breve século XX. Cia das Letras. p. 253)
Entre 1945 e 1973, os países capitalistas tiveram um crescimento econômico muito grande, período em que o historiador Eric Hobsbawm chamou de "A Era de Ouro do Capitalismo" ou "Os anos Dourados". Período esse que segundo ele, só foi percebido quando já estava acabando e o mundo entrava em uma nova crise. 
Esse período de ouro, foi marcado principalmente pelo crescimento econômico, seguido de:

  • crescimento populacional acelerado;
  • expansão urbana, sustentado pelo intenso êxodo rural, principalmente em países pobres, que levará ao crescimento desordenado das cidades;
  • novas tecnologias gerando grande produtividade agrícola;
  • aumento de emprego e do consumo;
  • produção em massa que irá se estender até o setor alimentício (McDonald´s, que desde sua fundação, em 1955, adotou a linha de montagem no preparo dos alimentos);
  • era do automóvel que irá se expandir para diversos países da Europa, depois dos Estados Unidos;
  • dependência do petróleo - o combustível se torna barato, tornando o carro, o caminhão e o ônibus os meios de transportes mais utilizados;
  • globalização - implantação de multinacionais em países pobres (exemplo do Brasil, durante o governo de JK, que irá abrir a economia para capitais estrangeiros, principalmente automotivo) e economia mundial interdependente.
A Era de Ouro do Capitalismo também será marcada por vários movimentos, uma nova forma de pensar e ver o mundo. Movimentos que buscaram a liberação da mulher (movimentos feministas), movimentos pelos direitos dos negros, e movimento da cultura jovem. Hobsbawm irá chamar de Revolução Social e Cultural.
Movimentos feministas 
 "A entrada em massa de mulheres casadas - ou seja, em grande parte mães - no mercado de trabalho e a sensacional expansão da educação superior formaram o pano de fundo, pelo menos nos países ocidentais típicos, para o impressionante reflorescimento dos movimentos feministas a partir da década de 1960". (Hobsbawm. p. 305).
O movimento feminista irá buscar o reconhecimento dos direitos das mulheres e sua importância na sociedade: entrada no mercado de trabalho, sobretudo das casadas, formação superior e a partir da década de 60, a liberação sexual, causada em parte pela invenção da pílula anticoncepcional. As mulheres irão se organizar no decorrer da Era de Ouro em busca de vários outros direitos: salário igual ao do homem, legalização do aborto, aprovação do divórcio, direito de voto, participação política.

Movimento Negro Americano
Durante a década de 60, os negros irão se organizar em movimentos, onde lutavam pelos direitos civis e o fim da discriminação racial. Nesses movimentos irão se destacar os líderes Martin Luther King, Malcom X e o movimento dos Panteras Negras.
Martin Luther King se destacou por lutar de maneira pacífica, mobilizando milhares de negros americanos e obteve importantes leis que garantiam a igualdade de direitos entre brancos e negros. 
Malcom X ao contrário de Martin Luther King, que era pastor evangélico, era adepto ao islã, e acreditava no uso da força para conquistar os direitos dos negros. Ambos defenderam a comunidade negra e ambos foram assassinados por racistas brancos. 

Contracultura jovem
"A cultura jovem tornou-se a matriz da revolução cultural no sentido mais amplo de uma revolução nos modos e costumes, nos meios de gozar o lazer e nas artes comerciais, que formavam cada vez mais a atmosfera respirada por homens e mulheres urbanos." (Hobsbawm. p. 323).
O crescimento econômico da Era de Ouro irá repercutir no modo de vida dos jovens. A industria logo irá perceber o poder de compra dessa massa. A indústria fonográfica foi a que mais lucrou. Nesse período há o surgimento dos ídolos, como Elvis
Presley, Beatles, Rolling Stones, Janes Joplin, Jimi Hendrix, entre outros. 
O rock tornou-se simbolo da rebeldia jovem, que eram caracterizados pelas roupas informais como jeans e o cabelos longos.
A universidade perde seu caráter elitista e o jovens passam a ter contato com outras realidades por meio do estudo, intercâmbio, rádio e televisão, que irá criar neles uma nova consciência crítica. E enxergarão na corrida armamentista, nas guerras, no racismo e no consumismo os responsáveis pelas injustiças sociais. 
Os jovens desse período foram vistos muitas vezes
como subversivos, pois pregavam contra a ordem vigente. Destaca-se movimento hippie, que pregavam a paz, o amor, defendiam a liberação do corpo, dos desejos e da mente, com o uso de drogas. 
Os jovens vão protestar de diversas formas, como na música, em pichações, comícios e greves.





Referências Bibliográficas: HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos, o breve séculos XX. Cia das Letras. 2009.
DOMINGUES, Joelza Ester. História em Documento. FTD. 2009.


domingo, 6 de outubro de 2013

DICAS DE LIVROS - HISTÓRIA E LITERATURA

História também se aprende na literatura. Também utilizamos a literatura como fonte histórica. É uma maneira maravilhosa de se aprender história. Em uma literatura podemos perceber as formas de pensar e ver o mundo daqueles que viveram em outras épocas. O interessante da literatura é que através da mistura da ficção e da realidade nós embarcamos em outro mundo, em outra época. Aliás, aprendi a amar história através de livros e filmes, ou seja através da ficção. E para não ficar apenas em minhas palavras, veja a importância da literatura para a historiadora Pesavento:
"a literatura permite o acesso à sintonia fina ou ao clima de uma época, ao modo pela qual as pessoas pensavam o mundo, a si próprias, quais os valores que guiavam seus passos, quais os preconceitos, medos e sonhos. Ela dá a ver sensibilidades, perfis, valores. Ela é fonte privilegiada para a leitura do imaginário. [...] Para além das disposições legais ou códigos de etiquetas de uma sociedade, é a literatura que fornece os indícios para pensar como e por que as pessoas agiam desta e daquela forma. (PESAVENTO, 2003: 82-83).


Então segue algumas dicas de livros maravilhosos sobre a História do Rio Grande do Sul:



O TEMPO E O VENTO - trilogia
Autor: Erico Veríssimo
Idioma: Português
País de origem: Brasil
Editora: Companhia das Letras
O Tempo e o Vento é uma saga, uma das mais importantes obras de Érico Veríssimo que narra 200 anos de história da formação do Rio Grande do Sul sob o ponto de vista da família Terra-Cambará.
Parte integrante da Obra “O Tempo e o Vento”, “O Continente” é o início da história, que é narrado em estilo flash-back pela personagem Bibiana Terra, quase centenária, quando os moradores do casarão onde a família mora estão presos por conta da Revolução Federalista de 1895.
Contando com um exímio trabalho de pesquisa histórica e um brilhante estilo narrativo, Érico Veríssimo traz sob o olhar da ficção uma série de fatos reais que contornam a história de O Tempo e o Vento. Através de uma narrativa rápida, bastante parecida com o estilo novelístico, ele conseguiu trazer uma série de elementos que vão se repetindo ao longo de toda a narrativa, em seus 200 anos de história, tais como o punhal de Pedro Missioneiro e a frase de Ana Terra: “noite dos ventos, noite dos mortos”.
Dos 3 volumes, “O Continente” é o que apresenta mais episódios. A história é sub-dividida em 7 episódios, em que cada um deles traz uma parte da formação desta família, e cada episódio é intercalado pela narração do último deles, O sobrado.
Fonte: http://www.infoescola.com/livros/o-tempo-e-o-vento-o-continente/


A CASA DAS SETE MULHERES
Autor: Wierzchowski, Leticia; Wierzchowski, Leticia
Editora: Record
Idioma : Português
País de Origem : Brasil
Número de Paginas : 511

"Um envolvente romance histórico sobre a Revolução Farroupilha de 1835 e sete mulheres da família de Bento Gonçalves, comandante das tropas revolucionárias. 
O livro descreve as aventuras de sete gaúchas da família do general Bento Gonçalves, chefe da revolução que pretendia separar o Sul do resto do país. 
O líder do movimento, general Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito, com o propósito de protegê-las. A guerra que se esperava curta começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas na solidão do pampa começou a se transformar... "


A REVOLUÇÃO FARROUPILHA - RIO GRANDE DO SUL (1835-1845)

Depois da abdicação de D. Pedro I, o Brasil passou pelo período conhecido como "Período Regencial", época em que fomos governados por "regentes". Pedro de Alcântara, herdeiro do trono, filho de Dom Pedro, era ainda criança, sem condições de governar, então o governo ficou nas mãos das elites, que disputavam o poder entre si. Foi um período marcado por divergências políticas, problemas econômicos e insatisfações populares e sociais. 
De 1831 a 1840, o período regencial abriu espaço para várias correntes políticas e ideológicas, como os liberais e conservadores. Mas o Período Regencial foi marcado principalmente pelas rebeliões, geradas basicamente pela crise econômica e insatisfação popular. Ideias liberais e reformistas vão influenciar as camadas populares e as classes médias urbanas.
Dentre esses vários movimentos, podemos citar: a Cabanagem; a Sabinada; a Balaiada; e a Revolução Farroupilha (A revolução dos ricos). Aqui vou me ater a Farroupilha.
A Revolução Farroupílha também conhecida como Guerra dos Farrapos, que durou de 1835 a 1845, foi a mais longa revolta do Período Regencial e Imperial e ocorreu na província do Rio Grande do Sul. 
De caráter elitista, foi marcada pela participação dos estancieiros - fazendeiros ricos - que buscavam seus interesses econômicos e políticos. Segundo Gilberto Cotrim, "o povo só participou do movimento como massa de manobra, isto é, sob o controle dos grandes fazendeiros." (História e Consciência do Brasil, p. 188).
Nesse período, O Rio Grande do Sul era um grande produtor de charque e também outros produtos, que eram vendidos principalmente para o nordeste. A insatisfação dos fazendeiros estava no aumento exorbitantes de seus impostos e o baixo preço de seus produtos e a concorrência com países como Argentina. Esperavam do governo uma maior proteção para seus negócios. 
Havia também, a disputa política entre os liberais exaltados, os farroupilhas,e os moderados. Sem contar as ideias republicanas que fervilhavam em suas províncias. Todos esses fatores vão desencadear na revolta que irá durar 10 anos.
Em 20 de setembro de 1835 os farroupilhas, comandados por Bento Gonçalves tomam Porto Alegre e a partir daí, várias batalhas entre os farroupilhas (rebeldes) e os caramurus (nome pela qual os farroupilhas chamavam os imperiais), vão marcar esse período. Os farroupilhas vão conseguir várias vitórias, inclusive, vão fundar a República Rio-Grandense em 1836 e a República Juliana, em Santa Catarina, em 1839.
O governo regencial reagiu energicamente e em 1842, sob o comando de Luís Alves Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, a revolta foi sendo controlada. 
Os farroupilhas comandados por Davi Canabarro, sem condições de manter a guerra, realizam um acordo de paz com os caramurus (tropas imperiais), comandados por Duque de Caxias, em 1o. de março de 1845. Era o fim da Revolução Farroupilha.
Uma revolta que marcou o Rio Grande do Sul, que marcou o Brasil. Diferente das demais por ser exclusivamente elitista, sem nenhum interesse em melhorias sociais ou melhorias para a população. Conhecida como "a revolução dos ricos", queria apenas garantir o lucro dos grandes estancieiros, sua liberdade política e administrativa e o seu poder político.
Vários de seus líderes são conhecimentos até hoje, tendo seus nomes lembrados em ruas e cidades, principalmente no Rio Grande do Sul: Bento Gonçalves, Davi Canabarro, Giuseppe Garibaldi, Anita Garibaldi, Bento Manuel, General Neto, Afonso Corte Real, entre outros.

















Referências bibliográficas: COTRIM, Gilberto. História e consciência do Brasil. Editora Saraiva, 1985. p. 188 e 189.