segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Guerra Fria Tecnológica : "A lógica das armas"

"[...] Nem paz, nem guerra, e sim um equilíbrio de forças entre os blocos, baseado no poder de mútua destruição. [...]" . Essa frase de Arbex Junior, do livro Guerra Fria: o Estado Terrorista, exemplifica bem a corrida tecnológica e armamentista da Guerra Fria. Ambos os países, Estados Unidos e União Soviética garantiram o seu poder através das armas. Dizia que eles possuíam um arsenal tão poderoso que poderiam destruir a terra várias vezes, e pode-se dizer, que eles adquiriram esse poder em menos de 20 anos. Bom, pelo menos os testes nucleares realizados durante esse período podem provar essa teoria.

Em fevereiro de 1946, o governador militar das ilhas Marshall Ben H. Wyatt, solicitou encarecidamente ao responsável pela ilha, junto com sua população que se retirassem por um tempo do lugar, para que eles pudessem realizar alguns "testes" nucleares. Com algumas desculpas esfarrapadas tipo "é para o bem da humanidade", retiraram todos os moradores das ilhas, acomodaram-nos em outras regiões e no dia 01 de julho de 1946, iniciaram os testes. O que a população não sabia, é que jamais poderiam retornar ao seu lugar de origem. Até tiveram permissão 20 anos depois, porém a região estava tão contaminada que não havia condições de permanecerem lá. 
Esses testes ficaram conhecidos como "Operação Crossroads". Primeiro detonaram a bomba Able, de 21 quilotons, a 158 m de altitude, depois a bomba Baker, a 27 m no fundo do mar. E depois disso não pararam mais. A União Soviética para não ficar atrás, também realizou seus testes, como em 29 de agosto de 1949, em Semipalatinsk, no deserto do Casaquistão. Essa era sua primeira bomba atômica, que ficou conhecida com RDS 1, de 22 quilotons.
O acontecimento teve tanta repercussão que aproveitando-se do fato, o estilista francês Louis Réard,  chamou sua nova criação de Biquíni, em homenagem às ilhas na qual ocorreu os testes, atol de Bikini, Micronésia.







Para saber mais acesse: 


Referências: Projeto Araribá Histório, 9o ano, pg. 176.


Nenhum comentário:

Postar um comentário