quinta-feira, 20 de março de 2014

COLONIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Os Estados Unidos da América, hoje uma grande nação, começou como o Brasil, uma colônia, ou mais precisamente 13 colônias.
Fugindo das perseguições religiosas, das dificuldades econômicas, muitos protestantes vieram para a América, ou o Novo Mundo, como era conhecido no início do século XVII. E dentre esses que vieram para o Novo Mundo, estavam também os "degredados", espécies de criminosos que vinham para a América pagar por seus crimes, mulheres pobres, entre outros.
Esses colonos se estabeleceram na costa leste da América do Norte, onde fundaram a primeira colônia, Virgínia, em homenagem a Rainha Elizabeth, a famosa "Rainha Virgem".
Muitas lutas foram declaradas entre os colonos e os índios (habitantes locais). Muitos indígenas foram dizimados, expulsos de suas terras e acabaram sendo obrigados a migrar para o interior do território. E aos poucos as Treze colônias foram sendo fundadas.

Com o decorrer da colonização, as Treze Colônias acabaram por se diferenciar, e podemos dividi-las em:

  • Colônias Centro Norte : mão-de-obra livre, comércio triangular (comércio entre as colônias, Antilhas e África, com a exportação de madeira, peles, peixe seco, importação de açúcar, vinho, etc.), pequenas propriedades e policultura (produção agrícola de vários produtos, extração de madeira e peles, culturas de trigo, cevada e centeio, criação de bois, cabras e porcos.). Essas colônias acabaram por se tornar relativamente autônomas, sem muita interferência do Pacto Colonial.
  • Colônias do Sul: produção agrícola voltada para o mercado externo. monocultura (tabaco e algodão), baseada em grandes propriedades rurais (plantations), com mão-de-obra escrava africana. esses colônias foram mais dependentes da metrópole (Pacto Colonial, ou exclusivo metropolitano, a colônia era obrigada a garantir o lucro para sua metrópole, que no caso aqui, era a Inglaterra, os colonos só podiam vender sua produção a comerciantes legalizados pelas metrópoles, o que não garantia bons preços a eles.).

Rumo à Independência
O conflito entre os colonos e a Inglaterra sempre houve, porém com o decorrer do tempo se agravou. O processo de Independência foi desencadeado após a vitória dos ingleses tanto na Guerra Franco-Índia, quanto na Guerra dos Sete Anos.
Guerra Franco-Índia -  é o nome dado ao conflito ocorrido entre 1754 e 1763 entre os britânicos e os franceses, na suas colônias na América do Norte, tendo sido um dos teatros da Guerra dos Sete Anos. Ambos os lados possuíam povos nativos americanos como aliados, e a causa principal do conflito foi disputa por territórios.
Guerra dos Sete Anos - Conflitos entre a Inglaterra e França são antigos, várias guerras foram travadas entre eles, e podemos dizer que essa, foi mais uma. Ocorreu de 1756 - 1763, na qual ambos disputavam a posse de territórios na América do Norte.
Tendo vencido as duas Guerras, a Inglaterra, para recuperar sua economia, resolveu "cobrar" dos colonos, o que havia gasto e, para isso, tomou uma série de medidas, que além de ampliar a dominação sobre suas Treze colônias, causou grande insatisfação sobre os habitantes locais.

Em meados do século XVIII, os ingleses aprovaram uma série de medidas, que diminuíam em muito, a autonomia local:

  • Lei do Açúcar (1764) - proibia a importação de rum e cobrava taxas sobre a importação de açúcar (melaço) que não viesse das Antilhas inglesas.
  • Lei do Selo (1765) - cobrava uma taxa sobre os diferentes documentos comerciais, jornais, livros, etc.
  • Lei do Chá (1773) - concedia o monopólio de venda de chá nas colônias à Companhia das Índias Orientais. A ideia era combater o contrabando do produto realizado pelos colonos. Revoltados, os colonos se disfarçaram de índios e jogaram todo o carregamento de chá no mar (The Boston Tea Party - festa do chá de Boston).
  • Leis Intoleráveis (1774) - para combater a revolta, o governo inglês adotou duras medidas, como o fechamento do porto de Boston, até que se pagasse o prejuízo pela carga jogada ao mar, e o direito do exército de punir e julgar os rebeldes. 
Essas medidas não foram aceitas pela elite colonial americana, que tinha medo de perder sua autonomia local. Então se reuniram, em 1774, no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, e com representantes das treze colônias, elaboraram um documento solicitando medidas do governo inglês, que fez pouco caso.
 Em 19 de abril de 1775, ocorre a primeira batalha pela independência, a Batalha de Lexington. Na sequência, em 1775, realizaram o Segundo Congresso Continental da Filadélfia, conclamando os cidadãos às armas, e nomearam George Washington, comandante-chefe do exército colonial. No dia 04 de julho de 1776, apresentaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos, redigida por uma comissão, formada por Franklin e Jefferson, entre outros, com ideais iluministas, como "todos os homens têm direitos naturais: à vida, à liberdade e à conquista da felicidade".
A Inglaterra é claro, não aceitou o documento, e a guerra foi longa e cruel. Após várias batalhas e tendo o apoio dos franceses, os colonos vencem a guerra e, após muitas negociações, é assinado em 1783, no dia 03 de setembro, o Tratado de Versalhes, documento na qual a Inglaterra reconheceu a independência dos Estados Unidos da América.
As colônias da América do Norte conseguiram o que nenhuma outra tinha conseguido até então, a independência da Metrópole. A Revolução Americana como ficou conhecida, teve influência dos movimentos iluministas e logo depois inspirou várias outras revoluções e independências pelo mundo. Foi a primeira de muitas.






Referências:
BECKER, Idel. Pequena História da Civilização Ocidental. Companhia Editora Nacional.1980. p. 415-416.
COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral, volume único. Editora Saraiva. 2005. p.284-287.



DICA DE FILME:



O PATRIOTA (2000)

 Dirigido por: Roland Emmerich
Com Mel Gibson, Heath Ledger, Tchéky Karyo
Gênero: Histórico , Drama , Guerra , Ação
Nacionalidade:  EUA , Alemanha

Sinopse
Benjamin Martin é um herói do violento conflito entre os Estados Unidos e os britânicos. Viúvo e com sete filhos, desde o término da guerra ele renunciou a luta e resolveu viver em paz numa fazenda com sua família. Em 1775 se inicia a guerra que pode dar à independência política aos Estados Unidos da América e ele é chamado para combater, porém se recusa.
Entretanto, quando o exército britânico invade sua fazenda e mata um de seus filhos, Martin muda de atitude e se apresenta para combate em busca da vingança pela morte de seu filho. No decorrer dos combates, a guerra se torna mais do que uma vingança para ele, torna-se um dever patriótico.










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