sábado, 24 de agosto de 2013

GUERRA FRIA - O MUNDO BIPOLAR

Durante décadas, o mundo assistiu a um jogo ameaçador, tenebroso, digno de um filme hollywoodiano, disputado entre Estados Unidos e União Soviética. Jogo esse, que por muitas vezes pôs em ameaça a paz mundial e a vida na terra, literalmente. Quem viveu entre os anos de 1945 a 1991, quase sempre, ouvia notícias sobre a constante tensão e disputa entre as duas superpotências emergidas da II Guerra Mundial. Era um jogo perigoso, onde os adversários não apertavam a mão um do outro, as peças não eram de madeira, nem de plástico. Aqueles que assistiam a essas partidas, torciam para que nenhum dos participantes dessem um passo em falso.
Estamos falando da GUERRA FRIA, um mundo nascido da Segunda Guerra Mundial caracterizado pela divisão entre dos sistemas políticos e econômicos. Uma disputa ideológica, política, militar e até mesmo espacial, para ver quem era o melhor, ou o mais poderoso país.
Antes mesmo de terminar a Segunda Guerra, os três grandes, se reuniram na CONFERÊNCIA DE IALTA, em fevereiro de 1945: Stalin, da União Soviética, Churchill, da Grã-Bretanha, e Roosevelt, dos Estados Unidos. Nessa conferência, decidiram pela "partilha" do mundo em áreas de influência dos Estados Unidos e União Soviética.
Também no mesmo ano, agora já no finalzinho da Guerra, em julho-agosto de 1945, reuniram-se na CONFERÊNCIA DE POTSDAM, onde confirmaram as decisões de Ialta e, estabeleceram a divisão da Alemanha em quatro zonas internacionais: norte-americana, soviética, inglesa e francesa.
Posteriormente, em 1949, a Alemanha foi dividida em dois países:
  • REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA (ALEMANHA OCIDENTAL, RFA), com capital em Bonn, sob influência dos Estados Unidos;
  • REPÚBLICA DEMOCRÁTICA ALEMÃ (ALEMANHA ORIENTAL, RDA), com capital em Berlim, sob influência da União Soviética.
E não parou por aí, pois o crescente clima de hostilidade entre os governos dos Estados Unidos e da União Soviética levou também à divisão da cidade de Berlim em duas partes partes: Berlim Ocidental, capitalista e Berlim Oriental, socialista. 
Os Estados Unidos acabaram por financiar Berlim Ocidental, que foi rapidamente reconstruída e modernizada, prosperando economicamente, chamando a atenção da população do lado Oriental, que permaneceu estagnada. Por volta de 1952 a 1961, cerca de 2,5 milhões de pessoas migraram para o lado Ocidental, em busca de melhores condições de vida. 
Para deter essas fugas, o governo do lado Oriental, construiu uma imensa cerca, que logo foi substituída por um muro de concreto, que isolou os dois lados de Berlim. Esse muro foi chamado de MURO DE BERLIM, que se tornou o símbolo da GUERRA FRIA, vindo a ser demolido somente em 1989. (Assista a animação sobre o Muro de Berlim no youtube: http://youtu.be/CbpHegAL_pk
Esse período ficou conhecido de GUERRA FRIA, porque a tensão entre as duas potências não chegou a uma guerra de fato. O equilíbrio do poder bélico entre os dois países e o terror nuclear dificultavam uma guerra direta e total. 
Para melhor definir o que foi essa guerra, leia o texto abaixo:

A lógica das armas
“A eclosão da guerra entre os blocos era improvável, mas a paz era impossível, sintetizava o cientista político francês Raymond Aron. A paz era impossível porque não havia maneira de conciliar os interesses em disputa. Um sistema só poderia sobreviver à custa da destruição total do outro. E a guerra era improvável porque os dois blocos tinham acumulado tamanho poder de destruição que, se acontecesse um conflito generalizado, seria, com certeza, o último. [...] Nem paz nem guerra, e sim um equilíbrio de forças entre os blocos, baseado no poder de mútua destruição. Desaparecia a política como interlocução. [...] É precisamente isso que aconteceu a arma da lógica foi substituída pela lógica das armas.”
ARBEX JÚNIOR, José. Guerra Fria: o Estado terrorista. 2. ed. São Paulo:Moderna,2005.p.10(Coleção Polêmica)

Referências: Cotrim, Gilberto. História Global, Brasil e Geral. volume único. ed. Saraiva.
Projeto Araribá, 9o. ano, ed. Moderna.

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